O passado na era digital

quinta-feira, 4 de março de 2010

Começo de ano, pra professor, é um dilema sem fim...
Trabalhando História com a turma mais populosa e agitada da escola, logo pensei que tinha que arranjar um meio de fazer esse povo gostar do que estava vendo.
A idéia??? Ora, Um blog.
A cada semana eles podem contar um pouco do que viram e dar suas impressões sobre o assunto. Esses blogs são uma forma de compartilharem as opniões,tirarem as dúvidas, inserir ferramentas novas à aprendizagem.
Hoje começamos a rodar os blogs de História da Galera do 1º ano. De formas distintas, cada equipe deu um pouco daquilo que eu esperava, tentar compreender e explicar a história.
Quando pequena, achava terrível como a gente tinha que decorar as coisas pra depois colocar pra fora nas provas.
Pasmem, queridos, eu também já fui estudante, kkk.
Hoje, depois de toda uma construção de conceitos pedagógicos, percebo que a educação vai muito além.
Vivemos a era digital e, inegávelmente, esse mundinho é muito atraente. Meus alunos estão fazendo aquilo que já faziam, navegando na rede. No entanto estamos tentando construir, coletivamente, um novo olhar sobre essa conexão estudo-internet. É essa conexão que, espero, vai garantir um ano bacana, onde a expressão das opniões seja possível e a construção dos saberes, prazerosa.

E que venha a HISTÓRIA!!!

Seguem os links pra quem quiser acompanhar nossa aventura. Seja nos textos descolados, reflexivos, de protesto ou classicos, vocês vão ver um pouco do que estamos fazendo por lá...

http://anteesdeontem.blogspot.com

http://maquiinadomiisterio.blogspot.com

http://osflinstones.blogspot.com

...A onda zen...

terça-feira, 2 de março de 2010





Seu Olhar -Seu Jorge e Meu desenho

Temos rotas a seguir
Podemos ir daqui pro mundo
Mas quero ficar porque
Quero mergulhar mais fundo

Só de me encontrar no seu olhar
Já muda tudo
Posso respirar você
E posso te enxergar no escuro

Tem muito tempo na estrada
Muito tem
E como quem não quer nada
Você vem
Depois da onda pesada
A onda zen
É namorar na almofada
E dormir bem

Foi o seu olhar
O que me encantou
Quero um pouco mais
Desse seu amor...

segunda-feira, 1 de março de 2010

"...há impossibilidade de ser além do que se é - no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio, sou mais do que eu, quase normalmente - tenho um corpo e tudo que eu fizer é continuação de meu começo...... a única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais.
(...)
Não entendo.
Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: -quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."

Clarisse Linspector

Trair???

Universidade Inglesa descobre que homens com maior Q.I traem menos.
Segundo a pesquisa, ao contrário do homem primitivo, onde o número de relações mensurava a probabilidade de reprodução da espécie, pra o homem moderno (e inteligente) o que de fato é relevante é a estabilidade familiar, e a análise do risco que a traição traz no seu bojo acaba se tornando fator desencorajador do ato. Segundo a mesma pesquisa, para as mulheres essa é apenas uma questão de vontade e oportunidade.
Poderia começar minhas considerações acerca da matéria com aquela discussão sexista e enfadonha da superioridade intelectual entre gêneros. Mas aí não seria eu.
Posso citar o fato de Engels já ter relatado a formação da família com base nos estudos de Morgan, onde estabelece o vínculo monogâmico como hábito relegado apenas às mulheres como garantia de segurança da linhagem masculina. Mas aí esbarraríamos no fato da existência do DNA e o fim dessa necessidade.
Há algum tempo atrás, nesse mesmo blog, ressaltei o fato de ser monogâmica convicta. Sou, admito, e reflito seriamente se essa é uma característica positiva ou negativa. Reflito devido ao fato de me deparar cotidianamente com relações superficiais, onde o que vale é quem é mais esperto, pega mais, consegue fazer o mundo ver o que @ companeir@ precisa ignorar. Se for esse o mundo que temos, perde a lógica esse troço, esse palavrão: MONOGAMIA.
É, acho que não sou mais monogâmica convicta.
E agora, o que sou eu, uma vez que a lógica do esconde-esconde não responde aos meus anseios?
Que estranha criatura reside em mim, brigando com o mundo, cheia de desejos e ansiedades, mas que não vai às ruas, não dá a cara a tapa, não se vende ao modelo posto???
Eu sou um ser lendário, desses dos contos dos irmãos Grimm. A última romântica, fazendo par com o personagem do Lulu Santos. Gente, que sendo gente, prefere acreditar em princípios mais antigos, talvez nobres. Não sou monogâmica, porque acredito em algo mais, na força da verdade, da lealdade, na capacidade das pessoas de resolverem, à seu modo, a base das relações que querem estabelecer. Quando digo isso vejo tanta gente gritar um “eu também” porque esse princípio é uno, fortalecido no principio da liberdade e do respeito. Mas quantas vezes queremos ser o que não somos, o que não podemos.
O que dá mais medo: não ir á vida pra não se magoar ou magoar pra não se assumir fora dos moldes do outro???
Vivo, constantemente esse dilema, o texto gigante, a dúvida permanente...
Se escrevo é por que a dúvida já ultrapassa o campo das idéias, o da fala e exige virar palavra escrita, documento, solução do dilema que, certamente, não tem solução...
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Preciso, urgentemente, de um neologismo que defina esse isso tudo e nada disso que hoje eu sou, kkk.
O meu medo? magoar a mim mesma, dentro ou fora dos moldes...