Trair???

segunda-feira, 1 de março de 2010

Universidade Inglesa descobre que homens com maior Q.I traem menos.
Segundo a pesquisa, ao contrário do homem primitivo, onde o número de relações mensurava a probabilidade de reprodução da espécie, pra o homem moderno (e inteligente) o que de fato é relevante é a estabilidade familiar, e a análise do risco que a traição traz no seu bojo acaba se tornando fator desencorajador do ato. Segundo a mesma pesquisa, para as mulheres essa é apenas uma questão de vontade e oportunidade.
Poderia começar minhas considerações acerca da matéria com aquela discussão sexista e enfadonha da superioridade intelectual entre gêneros. Mas aí não seria eu.
Posso citar o fato de Engels já ter relatado a formação da família com base nos estudos de Morgan, onde estabelece o vínculo monogâmico como hábito relegado apenas às mulheres como garantia de segurança da linhagem masculina. Mas aí esbarraríamos no fato da existência do DNA e o fim dessa necessidade.
Há algum tempo atrás, nesse mesmo blog, ressaltei o fato de ser monogâmica convicta. Sou, admito, e reflito seriamente se essa é uma característica positiva ou negativa. Reflito devido ao fato de me deparar cotidianamente com relações superficiais, onde o que vale é quem é mais esperto, pega mais, consegue fazer o mundo ver o que @ companeir@ precisa ignorar. Se for esse o mundo que temos, perde a lógica esse troço, esse palavrão: MONOGAMIA.
É, acho que não sou mais monogâmica convicta.
E agora, o que sou eu, uma vez que a lógica do esconde-esconde não responde aos meus anseios?
Que estranha criatura reside em mim, brigando com o mundo, cheia de desejos e ansiedades, mas que não vai às ruas, não dá a cara a tapa, não se vende ao modelo posto???
Eu sou um ser lendário, desses dos contos dos irmãos Grimm. A última romântica, fazendo par com o personagem do Lulu Santos. Gente, que sendo gente, prefere acreditar em princípios mais antigos, talvez nobres. Não sou monogâmica, porque acredito em algo mais, na força da verdade, da lealdade, na capacidade das pessoas de resolverem, à seu modo, a base das relações que querem estabelecer. Quando digo isso vejo tanta gente gritar um “eu também” porque esse princípio é uno, fortalecido no principio da liberdade e do respeito. Mas quantas vezes queremos ser o que não somos, o que não podemos.
O que dá mais medo: não ir á vida pra não se magoar ou magoar pra não se assumir fora dos moldes do outro???
Vivo, constantemente esse dilema, o texto gigante, a dúvida permanente...
Se escrevo é por que a dúvida já ultrapassa o campo das idéias, o da fala e exige virar palavra escrita, documento, solução do dilema que, certamente, não tem solução...
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Preciso, urgentemente, de um neologismo que defina esse isso tudo e nada disso que hoje eu sou, kkk.
O meu medo? magoar a mim mesma, dentro ou fora dos moldes...

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