Curso de Gestão de Políticas Públicas de Gênero e Raça Promove grupos de estudo no pólo GRE Petrolina.

quinta-feira, 26 de maio de 2011


O Curso de Gestão de Políticas Públicas de Gênero e Raça – GPP-GeR, promovido em parceria entre a Universidade Aberta do Brasil – UAB e a Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, realiza grupos de estudos no pólo GRE Petrolina. O primeiro, voltado para o debate de gênero, acontece nessa Sexta-Feira, 27/05, às 15h na sede do pólo da UAB, na GRE. Segundo Socorro Lacerda, coordenadora do pólo, a idéia é promover um constante ciclo de debates dentro da programação do curso e a realização de vários grupos simultâneos, de acordo com a disponibilidade dos cursistas. “O pólo serve como espaço de interação desses cursistas e tem o papel de propiciar espaços de diálogo que ultrapassem o ambiente virtual do curso”. Além dos grupos de estudos também estão previstas exibições de filmes que versem sobre a temática do curso.

Um olhar sobre tudo

segunda-feira, 23 de maio de 2011


"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara."
José Saramago


Procurando a imagem para colocar no layout do blog encontrei essa do rio que tirei a caminho de juazeiro no dia 03 de outubro de 2008. Mais um lindo por do sol no Velho Chico.
Acabei por lembrar de uma paixão antiga, a fotografia.
Há alguns anos pensei em fazer um curso de fotografia (Coisa que infelizmente não fiz) pra dar vazão a paixão que tinha em apreender tudo o que me chamava a atenção. A principio meus clicks eram todos direcionados para os elementos naturais do Vale do São Francisco.
A caatinga e o Rio sempre foram excelentes fontes de inspiração, talvez por serem o elo com o que me faz mais sertaneja.
Agora tenho me interessado por gente, tido o desejo, quase que incontrolável de retratar o cotidiano do povo desse lugar.
Bom gente mas como esse post não é sobre palavras e sim sobre fotos, seguem algumas das minhas imagens, com o intenso desejo de que gostem como eu daquilo que irão ver.

PS: fotógrafos profissionais, não se apeguem ao meu amadorismo. essas são fotos tiradas da câmera do celular. Não esperem demais dessa pobre sertaneja, kkkk.

O arrebatador Chico Buarque: Gení e o Zepelin

sábado, 21 de maio de 2011

Música de Chico Buarque, parte da famosa peça Calabar. Com as devidas desculpas e resguardadas as devidas proporções, considero, segundo a minha leitura, a imagem do tal arrebatamento. O senhor do universo, entre tantos cumpridores das normas por eles presumidas, são preteridos em detrimento daquela que estava no meio do povo, sem preconceitos, sem elitismos. Dá-se, não apenas o corpo, entrega um pouco de sí a todos. Já que anunciaram o fim do mundo pra hoje, não morro sem dar minha impressão de como ele deveria ser. E Tenho Dito!!!

De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada.
O seu corpo é dos errantes,
Dos cegos, dos retirantes;
É de quem não tem mais nada.
Dá-se assim desde menina
Na garagem, na cantina,
Atrás do tanque, no mato.
É a rainha dos detentos,
Das loucas, dos lazarentos,
Dos moleques do internato.
E também vai amiúde
Co'os os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir.
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Vive sempre a repetir:

"Joga pedra na Geni!
Joga pedra na Geni!
Ela é feita pra apanhar!
Ela é boa de cuspir!
Ela dá pra qualquer um!
Maldita Geni!"

Um dia surgiu, brilhante
Entre as nuvens, flutuante,
Um enorme zepelim.
Pairou sobre os edifícios,
Abriu dois mil orifícios
Com dois mil canhões assim.
A cidade apavorada
Se quedou paralisada
Pronta pra virar geléia,
Mas do zepelim gigante
Desceu o seu comandante
Dizendo: "Mudei de idéia!
Quando vi nesta cidade
Tanto horror e iniqüidade,
Resolvi tudo explodir,
Mas posso evitar o drama
Se aquela formosa dama
Esta noite me servir".

Essa dama era Geni!
Mas não pode ser Geni!
Ela é feita pra apanhar;
Ela é boa de cuspir;
Ela dá pra qualquer um;
Maldita Geni!

Mas de fato, logo ela,
Tão coitada e tão singela
Cativara o forasteiro.
O guerreiro tão vistoso,
Tão temido e poderoso
Era dela, prisioneiro.
Acontece que a donzela
(E isso era segredo dela),
Também tinha seus caprichos
E ao deitar com homem tão nobre,
Tão cheirando a brilho e a cobre,
Preferia amar com os bichos.
Ao ouvir tal heresia
A cidade em romaria
Foi beijar a sua mão:
O prefeito de joelhos,
O bispo de olhos vermelhos
E o banqueiro com um milhão.

Vai com ele, vai Geni!
Vai com ele, vai Geni!
Você pode nos salvar!
Você vai nos redimir!
Você dá pra qualquer um!
Bendita Geni!

Foram tantos os pedidos,
Tão sinceros, tão sentidos,
Que ela dominou seu asco.
Nessa noite lancinante
Entregou-se a tal amante
Como quem dá-se ao carrasco.
Ele fez tanta sujeira,
Lambuzou-se a noite inteira
Até ficar saciado
E nem bem amanhecia
Partiu numa nuvem fria
Com seu zepelim prateado.
Num suspiro aliviado
Ela se virou de lado
E tentou até sorrir,
Mas logo raiou o dia
E a cidade em cantoria
Não deixou ela dormir:

"Joga pedra na Geni!
Joga bosta na Geni!
Ela é feita pra apanhar!
Ela é boa de cuspir!
Ela dá pra qualquer um!
Maldita Geni!

A fé que me faz otimista demais...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Conversando com amigos, passei pela desagradável experiência de um debate religioso acerca daquilo que Deus quer ou deixa de querer. Ao final cheguei a conclusão de que o ser humano é muito presunçoso mesmo. Acredita na existência de um ser superior, onipotente, onipresente, onisciente e , no entanto, na primeira oportunidade, sucumbe à tentação de ser, ele mesmo, esse Deus.
Digo isso, justifico e provo!
Hoje ouvi hoje toda a cartilha básica do que esse Deus quer ou não que a humanidade faça e a indíscutível verdade contida na bíblia. Depois de um caloroso debate tentando discutir o assunto à luz da razão, percebí que a exacerbação da fé é uma das forças mais inabaláveis do universo. Tentei mudar de assunto e nada, argumentos então, nem pensar. OK, encerrei o debate, minha paciência vai até a página 2, no entanto tive o desejo incontrolável de expôr aqui minha módica contribuição.
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Se você é meu amigo, gosta muito de mim e é do tipo que se abala com algumas verdades históricas sobre o cristianismo, por favor PARE AQUI!!!
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É sabido de todo o mundo que o concílio de Nicéa, isso mesmo amigos, um dos 3 que fundaram as bases do cristianismo moderno, tinha como principal missão dissolver a concepção ariana sobre a natureza de cristo (somente humana). Era interesse de Constantino que a igreja fosse universal assim como já conseguira em seu império e a discussão da natureza dupla (humana e divina) ou somente humana de Jesus era determinante para a efetivação dessa intenção. Nesse bendito concílio foram definidos quais evangelhos seriam bíblicos e quais seriam os apócrifos (ou seja, carta fora do baralho oficial de Roma), idéia já defendida por teólogos anteriores mais organizada lá. É lá também que os cristãos se apartam de vez dos Judeus, eles mesmos, o povo da de Israel, dignatário da primeira aliança entre Deus e os homens) e reafirma seu caráter de bastião da verdade religiosa do mundo.
Não esqueçamos que esses evangelhos foram escritos por HOMENS, poderia ser diferente, basta lembrarmos que o decálogo foi enviado direto dos céus, sem escalas, escrito pelo fogo divino.
Posteriormente temos o grande episódio da reforma religiosa, onde Lutero, Calvino e Henrique VIII (Cada um em sua praia e por seu motivos, nem sempre nobres) romperam com a igreja de Roma, (pero no mucho). Os protestantes contestavam o PODER da igreja, os benefícios e o posicionamento da alta cúpula canônica enquanto detentora da VERDADE ABSOLUTA. A reforma pregava a liberdade de interpretação da bíblia, o uso da razão e um mix para a salvação que ia de fé, boas obras e predestinação. No protestantismo a Bíblia é a única fonte de fé, independentemente da forma como foi concebida.
Senhoras e senhores, vejamos: Eu sou contra a elitização da fé, o uso do interesse político (grande balela) para o beneficiamento das vontades do alto clero e aceito como verdade irrefultável um livro cuja organização se deu exatamente por esses fatores?
Eu defendo também que ninguém sabe o que vai no coração dos homens mais quero saber o que Deus quer.
Perdõe-me mas, pra mim, das duas uma: Ou isso é alienação ou os homens se tornaram O PRÓPRIO Deus...
Chega das verdades forçadas, absolutas, das vagas garantidas no arrebatamento. As pessoas tem que aprenderem a ser mais tolerantes com os outros e consigo mesmas. O medo do fim eminente vira desculpa para a intolerância que vitima vários povos ao longo do mundo e que não confere paz nem aos próprios judeus, precursores de toda essa história.
As pessoas tem que aprender a serem mais solidárias, a agirem na construção de melhores dias a todos os povos, de escreverem uma história mais edificante.
À aqueles que leram até aqui devo confessar, sou cristã, no entanto me compreendo enquanto uma pequena parte do mundo, carente de muita compreensão sobre tudo, e, sobretudo, humana demais para saber todas as verdades do universo.
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Em tempo: Cito os Judeus uma vez que não entendo como o povo escolhido passa por tanta provação. pense num povo que sofre, eu hein...

Marcelo Coelho: Danilo Gentili e o “politicamente fascista”

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Reproduzo artigo de Marcelo coelho publicado na Folha de São Paulo e reproduzido no http://www.vermelho.org.br

O comediante Danilo Gentili pediu desculpas pela piada antissemita que divulgou no Twitter. A saber, a de que os velhos de Higienópolis temem o metrô no bairro porque "a última vez que eles chegaram perto de um vagão foram parar em Auschwitz". Aceitar suas desculpas pode ser fácil ou difícil, conforme a disposição de cada um. O difícil é imaginar que, com isso, ele venha a dizer menos cretinices no futuro.


Por Marcelo Coelho, na Folha de S.Paulo

Não aguentei mais do que alguns minutos do programa CQC, na TV Bandeirantes, do qual é ele uma das estrelas mais festejadas. Mas há um vídeo no YouTube, reproduzindo uma apresentação em Brasília do seu show Politicamente Incorreto, em outubro de 2010.

Dá para desculpar muita coisa, mas não a falta de graça. O nome oficial do Palácio do Planalto é Palácio dos Despachos, diz ele. "Deve ser por isso que tem tanto encosto lá." Quem o construiu foi Oscar Niemeyer, continua o humorista. E construiu muitas outras coisas, como as pirâmides do Egito.

A plateia tenta rir, mas só fica feliz mesmo quando ouve que Lula é cachaceiro, ou que (rá, rá) o nome real de Sarney é Ribamar. Prossegue citando os políticos que Sarney apoiou; encerra a lista dizendo que ele só não apoiou o próprio câncer porque "o câncer era benigno".

Os aplausos e risadas, pode-se acreditar, vêm menos da qualidade das piadas e mais da vontade de manifestação política do público. Detestam-se, com razão, os abusos dos congressistas brasileiros. Só por isso, imagino, alguém ri quando Gentili diz preferir que a capital do país ficasse no Rio: "Lá pelo menos tem bala perdida para acertar deputado".

Melhor parar antes que eu fique sem respiração de tanto rir. Como se vê, em todo caso, o título do show não é bem o que parece. "Politicamente incorreto", no caso, faz referência às coisas erradas feitas pelos políticos, mais do que ao que há de chocante em piadas sobre negros ou homossexuais.

A questão é que o rótulo vende. Ser "politicamente incorreto", no Brasil de hoje, é motivo de orgulho. Todo pateta com pretensões à originalidade e à ironia toma a iniciativa de se dizer "incorreto" — e com isso se vê autorizado a abrir seu destampatório contra as mulheres, os gays, os negros, os índios e quem mais ele conseguir.

Não nego que o "politicamente correto", em suas versões mais extremadas, seja uma interdição ao pensamento, uma polícia ideológica. Mas o "politicamente incorreto", em sua suposta heresia, na maior parte das vezes não passa de banalidade e estupidez.

Reproduz preconceitos antiquíssimos como se fossem novidades cintilantes. "Mulheres são burras!" "Ser contra a guerra é viadagem!" "Polícia tem de dar porrada!" "Bolsa Família serve para engordar vagabundo!" "Nordestino é atrasado!" "Criança só endireita no couro!"

Diz ou escreve tudo isso, e não disfarça um sorrisinho: "Viram como sou inteligente?". "Como sou verdadeiro?" "Como sou corajoso?" "Como sou trágico?" "Como sou politicamente incorreto?"

O problema é que "politicamente incorreto", na verdade, é um rótulo enganoso. Quem diz essas coisas não é, para falar com todas as letras, "politicamente incorreto". Quem diz essas coisas é politicamente fascista. Só que a palavra "fascista", hoje em dia, virou um termo... politicamente incorreto.

Chegamos a um paradoxo, a uma contradição. O rótulo "politicamente incorreto" acaba sendo uma forma eufemística, bem-educada e aceitável (isto é, "politicamente correta") de se dizer reacionário, direitista, fascistoide.

A babaquice, claro, não é monopólio da direita nem da esquerda. Foi a partir de uma perspectiva "de esquerda" que Danilo Gentili resolveu criticar "os velhos de Higienópolis" que não querem metrô perto de casa.

Uma ou outra manifestação de preconceito contra "gente diferenciada", destacada no jornal, alimentou a fantasia mais cara à elite brasileira: a de que "elite" são os outros, não nós mesmos. Para limpar a própria imagem, nada melhor do que culpar nossos vizinhos.

Os vizinhos judeus, por exemplo. É este um dos mecanismos, e não o vagão de um metrô, que ajudam a levar até Auschwitz.

2º encontro nacional de blogueiros progressistas

terça-feira, 17 de maio de 2011

Olá pessoas,
Agora no mês de julho, mais precisamente entre os dias 17 e 19, Vai rolar o 2º encontro nacional de blogueiros progressistas em Brasília - DF.

O encontro é direcionado para todos aqueles que se relacionam com as midias digitais não apenas com o intuito de realizar contatos pessoais, mas que tenham nesse meio uma forma de militância na luta do povo brasileiro. Na estrutura proposta para o evento estão mesas redondas debates e palestras. As inscrições já estão abertas e está sendo vista a possibilidade de que ela contemple alojamento para a moçada também...
Seguem a programação e o site do Barão de Itararé, centro de estudos responsável pelo encontro.
Eu já fiz a minha inscrição!!!


17 de junho, sexta-feira
19 horas Palestra de abertura: “Os Desafios da Comunicação na Atualidade”
– Paulo Bernardo (Ministro das Comunicações)

21 horas Festa de confraternização

18 de junho, sábado
9 horas Debate: “A Urgência do Marco Regulatório das Comunicações”
– Fábio Konder Comparato (Jurista, autor da ação na justiça pela regulação da mídia)
– Luiza Erundina (Deputada federal e coordenadora Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular)
– Venício A. de Lima (professor da UnB, autor do recém-lançado “Regulação das Comunicações”)

14 horas Mesas autogestionadas
– Propostas já apresentadas: “Os Partidos e a Luta pela Democratização da Mídia”, “As Mulheres na Blogosfera”, “O Sindicalismo na Era Digital”, “A Luta pela Liberdade na Rede”, “Arte e Humor na Blogosfera” e “O Papel das Lan Houses”

18 horas Palestra: “O Papel da Internet nas Revoltas no Mundo Árabe”
– Almed Bahgat (Blogueiro egípcio)

19 de junho, domingo
9 horas Reunião em grupo
– Troca de experiências, balanço do último período e plano de ação da blogosfera

14 horas Plenária final
– Aprovação do documento do 2º Encontro, plano de ação e organização e eleição da nova comissão nacional organizadora


segunda-feira, 16 de maio de 2011


Ela era uma menina, não ela não era mais menina,mas se sentia menina ante a tudo e a todos que via.


Revia o tempo onde a menina vivia

Hoje ser menina era charme,

e isso ela achava que não mais conhecia

Reviu o tempo, as gentes, o primeiro beijo.

Mas era apenas a mulher quem revia,

A menina não mais vivia.

De repente ela se viu sozinha, sentiu-se abandonada.

Tinha medo do escuro e da noite fria.

E eis quem surge: A menina renascia.

Os medos, as dúvidas, toda a fantasia

Quedou-se em prantos na sala vazia

Não de gente, mas de gente da gente.

Estava perdida e a menina ressurgia

Vinha buscá-la, a ajudaria.

A noite passou e ela sabia que de mãos dadas com a menina pra casa ela voltaria


Essa mulher não se esquece de nada,

Essa menina não tem medo de nada.

No fim quem é mais forte?

A menina caminha na corda bamba, a mulher tem sempre os pés no chão

Quisera poder ser a menina sempre que der

E ser a mulher sempre que tiver razão

Quando a mulher diz: – Ser feliz não é pra mim...

A menina retruca e, num salto, grita: - Ué, por que não???

quinta-feira, 12 de maio de 2011

O PC do B realiza essa sexta-feira, às 15h, o 1º Fórum Macro regional do Sertão do São Francisco no Auditório da Univasf. O fórum é fruto do 7º encontro nacional sobre questões de Partido, onde se discutiu a organização partidária e o papel da militância comunista na estrutura orgânica do partido. O encontro, que contará com a presença da Deputada federal e vice presidente nacional do partido, Luciana Santos, é voltado para dirigentes e militantes do PC do B em Petrolina e demais cidades da região.

Aviso da lua que menstrua

Moço, cuidado com ela!
Há que se ter cautela com esta gente que menstrua...
Imagine uma cachoeira às avessas:
cada ato que faz, o corpo confessa.
Cuidado, moço
às vezes parece erva, parece hera
cuidado com essa gente que gera
essa gente que se metamorfoseia
metade legível, metade sereia.
Barriga cresce, explode humanidades
e ainda volta pro lugar que é o mesmo lugar
mas é outro lugar, aí é que está:
cada palavra dita, antes de dizer, homem, reflita..
Sua boca maldita não sabe que cada palavra é ingrediente
que vai cair no mesmo planeta panela.
Cuidado com cada letra que manda pra ela!
Tá acostumada a viver por dentro,
transforma fato em elemento
a tudo refoga, ferve, frita
ainda sangra tudo no próximo mês.
Cuidado moço, quando cê pensa que escapou
é que chegou a sua vez!
Porque sou muito sua amiga
é que tô falando na "vera"
conheço cada uma, além de ser uma delas.
Você que saiu da fresta dela
delicada força quando voltar a ela.
Não vá sem ser convidado
ou sem os devidos cortejos..
Às vezes pela ponte de um beijo
já se alcança a "cidade secreta"
a Atlântida perdida.
Outras vezes várias metidas e mais se afasta dela.
Cuidado, moço, por você ter uma cobra entre as pernas
cai na condição de ser displicente
diante da própria serpente
Ela é uma cobra de avental
Não despreze a meditação doméstica
É da poeira do cotidiano
que a mulher extrai filosofando
cozinhando, costurando e você chega com a mão no bolso
julgando a arte do almoço: Eca!...
Você que não sabe onde está sua cueca?
Ah, meu cão desejado
tão preocupado em rosnar, ladrar e latir
então esquece de morder devagar
esquece de saber curtir, dividir.
E aí quando quer agredir
chama de vaca e galinha.
São duas dignas vizinhas do mundo daqui!
O que você tem pra falar de vaca?
O que você tem eu vou dizer e não se queixe:
VACA é sua mãe. De leite.
Vaca e galinha...
ora, não ofende. Enaltece, elogia:
comparando rainha com rainha
óvulo, ovo e leite
pensando que está agredindo
que tá falando palavrão imundo.
Tá, não, homem.
Tá citando o princípio do mundo!

Elisa Lucinda

Sobre princesas, vilões e outras histórias...

terça-feira, 10 de maio de 2011

Dias estranhos esses...
O mundo vê atônito a morte de bin laden num classico episódio de aplicação da lei de Talião do código de Hamurabi (Olho por olho, dente por dente...) A família real inglesa promove um casamento caríssimo do segundo na linha de sucessão ao trono, Pernambuco e o nordeste voltam a sofrer coma chuvas de outono. Já se foram as águas de março de Tom Jobim, mas as promessas permanecem.
Queria discutir um pouco esses fatos.
Muito se falou do conto de fadas moderno onde a princesa, ou melhor, duquesa, vai atrás do príncipe encantado. Nada de esperar a ação do acaso para o tão famoso felizes para sempre. E o fim dos contos de fadas tradicionais na verdade é o começo de uma outra história. A da monarquia parlamentarista que serve como ornamento a uma sociedade que transita entre o novo e as tradições (algumas bem bizarras, por sinal). Em tempos de redefinição do papel da mulher na sociedade ter que estar sempre um passo atrás do marido parece-me um hábito embolorado, medieval demais para a nova familia real. Num momento de crise econômica com o desemprego crescendo a 8%, pode-se dar ao luxo de ostentar um lauto banquete numa caríssima festa que celebra o casamento das massas e o que existe de mais simbólico quando se refere em privilégios e divisão de classe.
A morte de Bin Laden demonstra o interesse norte americano em se colocar, mais uma vez, acima do bem e do mal. Declarações como "ele estava desarmados mas ainda assim nós o matamos" ou "Utilizamos tortura por afogamento para recolher informações que não auxiliaram em nada" nos remete à invasão ao Iraque atrás de armas somente fabricadas na imaginação americana. Repudio veementemente a ação de Bin Ladem tanto quanto a ação americana que, em nome de uma democracia e da adoção do modelo americano, mata tortura , espolia toda uma nação. Será que só Bin Laden era o terrorista mesmo?
Começamos novas vidas. O principe casou com a duquesa e tenta perpetuar a malfadada monarquia britânica, O cara mal morreu e sua morte livrará o mundo das forças das trevas, enfim, a semana Disney ficará marcada nas mentes do mundo, sobretudo quando se avaliar que, no fundo, ainda temos mais do mesmo.

quinta-feira, 5 de maio de 2011






Assisti ontem à Mamma Mia. Enquanto arranjo um tempinho para uma postagem decente, segue o vídeo de I have a Dream