Cantando a gente faz história
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
O CHICO
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Em dívida com o bloguinho, decidi postar um vídeo de Se eu soubesse, de Chico Buarque com participação de Thaís Gulin no novo cd CHICO.
A princípio ia apenas postar o vídeo mas acabei sucumbindo a tentação de dizer o que achei do cd que, diga-se de passagem, não para de tocar no meu player.
Obviamente ressalto que corre léguas de mim o desejo de fazer uma crítica musical, não tenho envergadura pra tanto, são apenas pequenas impressões de uma apaixonada por música e por Chico o que, por sí só, já denota o quão tendencioso é esse post.
Achei o cd bem leve, delicadinho mas com algumas marcas musicais interessantes, como na sua Rubato, uma marchinha bem humorada sobre amor e música e em Tipo um baião que tem uma quebra de ritmo gostosa. A dulcíssima Nina, uma valsinha, levemente melancólica. Sem você2 que dá uma lembrada na bossa nova e seria a sequência da outra, de Tom e Vinícius . Essa pequena, um blues-declaração de amor. Barafunda, um sambinha do esquecimento, quase uma biografia confusa, Sou eu uma regravação de uma parceria com Ivan Lins que também já foi gravada por Diogo Nogueira (muito bom) e chegou a ser o título do cd deste e Sinhá a mais engajadinha, por assim dizer, que lembra bem o rítmo de um afoxé e tem letra que diz da paixão de um escravo e uma branca e as consequencias desse amor.
Pra mim esse é um CD apaixonado, simples assim. Eu acho que tem referências em grande parte das músicas à um certo boato, à uma certa mulher. Mas as músicas poderiam ser lidas por vários casais como "a sua música". O vídeo abaixo certamente será "adotado" por um sem fim de amantes arrependidos, tardiamente, do primeiro flerte.
Chico tem essa marca, de envolver a gente, de nos fazer parte, do 'Como eu não pensei nisso antes' imediatamente seguido do 'Só podia ser Chico Buarque'.
Acho o cd despretensioso, músicas curtas, temas banais, quase monotemático.
Mas afirmar essa intenção ou um cd declaração seria querer entender Chico e eu não ouso tanto, mas ouço esse presente de coração aberto e um leve sorriso esboçado no canto da boca.
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P.S.: Ouçam também o Diogo Nogueira e a Thaís Gulin. Eu tenho ouvido e gostado, cada um na sua praia...
...A onda zen...
terça-feira, 2 de março de 2010
Seu Olhar -Seu Jorge e Meu desenho
Temos rotas a seguir
Podemos ir daqui pro mundo
Mas quero ficar porque
Quero mergulhar mais fundo
Só de me encontrar no seu olhar
Já muda tudo
Posso respirar você
E posso te enxergar no escuro
Tem muito tempo na estrada
Muito tem
E como quem não quer nada
Você vem
Depois da onda pesada
A onda zen
É namorar na almofada
E dormir bem
Foi o seu olhar
O que me encantou
Quero um pouco mais
Desse seu amor...
Histórias, fases...
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O ato de conViver, de partilhar a vida ou parte dela, é um exercicio incrível.
ADORO falar, falo demais, mas tenho, ao mesmo tempo, uma capacidade razoável de observar o outro, como é, o que pensa, como se comporta. Ao mesmo tempo que sou extremamente crente no ser humano, tenho uma memória muito boa.
Com os post's de ontem, fiz uma viagem no tempo. Voltei às fases. Cada música que gosto marca uma fase dessas que vivi. Sou mesmo capaz de lembrar a música que tocava quando tomava café num botequim no Rio, ou a que dancei na noite anterior. A trilha sonora da novela baseada no livro de Jorge amado, a música que tocaram pra mim numa festa onde era convidada, a colocada na plenária final de um congresso, a que me fez chorar e deixar minhas amigas preocupadas, me procurando...
Minha primeira festa com o namorado, as novidades, e lá está ela, a música.
A paixão pelo coleguinha de infância, a música piegas de fim de ano na formatura do segundo grau, o funk dançado de longo no fim da universidade.
Minha memória é assim, musical.
Acabei passando boa parte do dia de ontem pensando nisso.
Hoje, na escola, lidando com jovens diferentes, de idades distintas, cada um num momento.
Jovens que convivem com dúvidas, sobre sí e sobre os outros, que se apaixonam, ou só se relacionam, sem compromisso, que tem que decidir o que vão ser "pro resto da vida", que já sabem o que querem ou que preferem nem sonhar com essa escolha. Que tem amigos, muitos, há muito tempo, que acabam de chegar e fizeram amizades novas, que ainda não fazem parte de turma, que preferem andar só ou em dupla.
Meninos e meninas que querem saber tudo sobre sexo, que entendem que maior que isso é o amor.
A vida é isso, uma descoberta sem fim, pra eles, para mim, para todos.
Vinicius de Moraes já a classificava como "A arte do encontro", de gente, pensamentos, mundos, onde cruzamos todos os dias com histórias, um pouco nossas, como as nossas, um pouco dos outros também.
Sobre mim, agora dei pra ter sonhos com trilha sonora (sério!!!). Essa noite tive um e a música ainda toca em meus ouvidos. Segue...
Teus Olhos
Marcelo Camelo & Ivete Sangalo
Teus olhos abrem pra mim
Todos os encantos
Teus olhos abrem pra mim
Teus olhos abrem pra mim
Todos os encantos bons
Tudo que se quer vai lá
Eu vi na Terra
Você chegando Assim
Assim, de um jeito tão sereno
Ai, ai, meu Deus do céu
Eu vivo sem pensar
Se sou só
Acho que não vou mais
Agora tudo tanto faz,
meu bem
Eu vi você passar
Levando meu encanto
Caminho sem saber de mim
Eu vivo sem pensar
Se sou só
ou sou mar
Mas eu conto com você
Pois enquanto eu não me resolver
Eu vou lá, eu vou lá
Pois enquanto eu não me resolver
Eu vou lá, eu vou lá
Na boca do Povo: Cantando...
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
Adoro música. De tempos em tempos vou fuçando, vendo umas coisas. Foi assim minha fase Camille, Carla Bruni, Ana Cañas, Chicas e, mais recentemente, Maria Gadu e Roberta Sá. no meio disso tudo achei esse clipe da Roberta com o Chico e de uma música que eu não conhecia.
A música é bacana, trata bem daquela idéia do blog, de falarmos de tudo, arte política, literatura. E sob a ótica de ampliar os palcos de debate desses assuntos. Espero que o blog fique assim, "No palco, na praça, no circo, num banco de jardim: CANTANDO..."
Como estou corrrendo com o fechamento do meu planejamento e a organização das próximas aulas, fica esse vídeo e a promessa de que em breve escrevo um post de verdade, kkk.
Bjins
O teatro mágico
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
O Teatro Mágico
Será que a sorte virá num realejo?
Al otro lado del rio
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
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Al Otro Lado del Río
Vou sumir uns dias...
Mas a causa é nobre!
Fiquemos com o bálsamo que é essa música e com a foto que tirei na ponte,
Rema, rema, rema...
Ninguém pára...
Cheiros
TV, Internet e Machado de Assis
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Lembro-me que, à época do meu encontro com Machado, eu devo ter sido uma das poucas pessoas da turma que gostaram da leitura. O livro? Dom Casmurro, claro!
Parte dos meus colegas não entendiam como iriam fazer uma ficha de leitura de um livro sem final. Os meninos já fuzilavam Capitu de cara. Traidora, era o veredito!
As meninas, mais condescendentes, achavam que não, que ela era vítima do ciúme do marido.
Ainda hoje, ao chagar ao trabalho, me deparei com uma exposição escolar sobre Machado e sua obra. Como todo evento estudantil haviam muito burburinho, adolescentes correndo aos berros com seus olhares fugindo em namoros discretos (outros nem tanto).
Toda essa introdução foi para lembrar que como boa parte dos brasileiros, estou acompanhando a série inspirada no livro e, devo confessar, ADORANDO!
Achei simplesmente fascinante a linguagem utilizada pra recontar a história. Rápida, sagaz, viva!!
Acho que, no fundo, a história retrata grande parte dos romances que estão por aí, passeando em nosso cotidiano. O encantamento, a luta para viver feliz para sempre, a desconfiaça de que o outro, tão infinitamente fantástico, está sempre além do que merecemos e, portanto, vai acabar encontrando outra pessoa, o ciúme, as dúvidas...
Parece engraçado como temos sempre o hábito de repetir as mesmas histórias, pouco menos dramáticas, claro, no entanto sob a mesma estrutura: Encantamento, veneração, luta por felicidade, ciúmes. Quem de nós nunca viu, ao seu redor, uma história assim, heim?
Voltando à série, de tudo o que tenho visto, duas coisas me chamaram a atenção. Uma delas foi a música tema de Bentinho e Capitu, a sonoridade arrastada, meio MPB meio "Rock medieval", a introdução levíssima. Cheguei a achar, durante as chamadas da série, que seria uma daquelas incurssões de Caetano no Inglês...
A outra coisa foi a atriz, a Letícia Persiles. Uma coisa tem que ser reconhecida: Os olhos da garota parecem que saltaram da página do livro para o mundo real. Sem contar com o excelente trabalho de corpo que ela apresenta em cena. Não sou atriz, mas desconfio que numa obra tão "pesada" como essa (conjunturalmente falando), retratada de forma tão teatralizada, corre-se o risco de tornar-se meio caricata. E caricatura de uma personagem como a Capitu chega à beirar a heresia.
Busquinhas rápidas na net e duas gratíssimas surpresas: Beirut e Manacá.
O primeiro, um grupo americano responsável pela deliciosa Elephant Guns, tema da série. Altamente apreciados na net, tenho o desmérito de reconhecer minha total ignorância sobre a sua existência, bem como a do segundo, um quarteto carioca que tem a Letícia como vocalista. A banda tem um som marcante, uma espécie de rock misturado com música regional, bem ao estilo do Movimento Armorial do Ariano Suassuna. O som dos caras é tão bacana que até parece Pernambucano! (desculpem, não resisti...)
Tenho me esbaldado no My Space esses dias então, dá pra imaginar a felicidade que é ter acesso a tanta coisa bacana que a mídia costuma não divulgar para os reles mortais. No entanto, dessa vez, mordo a lingua. Sabe-se lá quanto tempo eu levaria para ouvir esses sons se não fosse a série? Milênios...
É, caríssimos, Televisão também é cultura, não???
LINKS:
Beirut
http://www.myspace.com/beruit