E a vida segue...

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

"Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria."
Charles Chaplin

Sobre Calma e pressa...

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

...E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.

E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás
Apenas começamos.
O mundo começa agora
Apenas começamos.

Metal contra as nuvens.
Dado Villa-Lobos/ Renato Russo/ Marcelo Bonfá

Esse ano tive que lidar com a calma e a pressa. Todos definimos aquilo que gostaríamos que acontecesse em nossas vidas e o que não desejamos de modo algum. É tudo tão claro, simples, fácil.
Só esquecemos de combinar com ela, a vida.
Iniciei meus posts de 2009 falando sobre o medo, no desejo de transformação que um novo ano traz, definida a mudar meu estado de inércia e encarar o mundo, custasse o que custasse, eu seria mais forte, mais eu. Tinha me proposto a limpar tudo e reescrever a minha história.
Passaram dois anos e tudo o que me ocorre daquele post pra cá são duas palavras: Calma e pressa.
Tento parar o tempo. Congelar como num flashback de um filme onde o personagem principal tenta recompor sua memória. Nesse filme vejo um mundo de gente. Cada um com uma meta, um grande objetivo que ser renova, se realiza, um ciclo se repete de modo contínuo, quase obcessivo.
Quantas vezes queremos algo com tanta intensidade que nos atiramos sobre ela, lhe tirando a possibilidade de se movimentar até a reta final. Ou ainda quantas vezes querer tanto algo nos faz travar por temer não dar certo, não saber o que fazer com aquilo, não achar que podemos, de fato dar conta do recado e colocar barreiras pra que se torne real. Outras tantas vezes desejamos na medida certa mas, como a vida é um livro escrito à muitas mãos, temos um elemento surpresa que muda o rumo daquilo que já estava meticulosamente planejado e em vias de deixar de ser sonho, projeto, e virar a mais radiante realidade.
Conheço gente decidida, focada, indecisa, com urgência, sem nenhuma pressa, com sorte, que sabe contornar as adversidades e olhando ao meu redor vejo todas reclamando: O principal ainda não foi feito!
Será o acaso, o destino, a falta ou sobra de obstinação?
Que mágica junção de coisas faz com que elas, as coisas, aconteçam?
Essa é a pergunta que me resta nesse finzinho de 2010. E, sabem, acho que não preciso respondê-la. Tenho que ter mais fé, sobretudo em mim. Tenho que me empenhar em fazer as coisas acontecerem, não deixar tudo ao acaso. Mas sei me virar, dou meus pulos. E sobretudo carrego a certeza de que se não temos um final feliz (de ano, que seja) é por que ainda não chegamos ao final.

Lição de Matemática...

Sem pressa...

sábado, 4 de dezembro de 2010

"Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você"


O beijo, Gustav Klimt
Futuros amantes, Chico Buarque

O mundo vai girando cada vez mais veloz...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Existem leis que regem a comunicação. A impessoalidade é uma condição. A separatividade e a ignorância são o pecado num sentido geral. E a loucura é a tentação de ser totalmente o poder.
Clarisse Lispector

A internet se tornou a grande coqueluxe do mundo globalizado.
Se previssemos a história da comunicação, como poderiamos imaginar que nesse curto período de tempo (histórico) desde o surgimento das pinturas rupestres, poderiamos nos expressar de forma tão eloquente e com um alcançe tão maximizado como com a Internet?
Ao longo da campanha eleitoral me dei conta da força dessa midia. Ví a fantástica cruzada dos "Guerrilheiros virtuais" (Dentre os quais, modestamente, tomo a ousadia de me incluir) contra o já falido esquema ofensivo da grande mídia à organização das forças populares e como, cada um, de sua casa, conseguiu auxiliar a continuidade do rumo da história do país.
Há alguns meses, numa roda de amigos, discutiamos qual a necessidade de estarmos presentes em tantas redes de relacionamento e se essas mesmas redes não fariam com que perdessemos o prazer do Com Viver, do estar com, do com Tato, da proximidade real que aqui não experimentamos. Além disso discutia-se qual a necessidade de se ver sua vida exposta, em 140 caracteres, com coisas inúteis e pessoais, parte indispreendível da nossa vida privada.

Ops, não experimentamos?
Temos vida privada?
A que se destina nossa tão aclamada privacidade?

Essas perguntas se tornaram mais eloquentes essa semana ao recebermos a mais nova peraltice dessa criança, intrépida, hiperativa e ilimitada: A Wikileaks.
A Wikileaks é um bebê de 4 anos de idade, uma empresa cuja finalidade é expôr documentos secretos de governos e preservar a identidade de informantes. (E olha que isso é um contrassenso...)
Os rumos da mídia digital são, inegávelmente, direcionados à exposição. Exposição de idéias, de informações, de fatos. A idéia de reality, tão explorada pela Tv ,se aprimora nessa mídia, nas redes de relacionamento, no passo à passo diàrio dos Twitter's da vida.

Ora, então a internet é má???

NÃO
Não é, e isso é um contrassenso ainda maior!!!
Assim como no meu microblog eu exponho o que quero, como escrevo aqui o que me dá na telha, se as mensagens instantâneas do meu bate papo virarem públicas, eu ainda vou ter a liberdade de expressar só o que desejo. Se, ao contrário, eu fechar o cerco à informação e ao debate, verdades escabrosas de farsas montadas com interesses unilaterais que acabam sempre por acontecer e que nós, reles mortais, não descobrimos continuaram envoltas na névoa da nossa ignorância. A onda do Wikileaks traz a perspectiva de podermos abrir a caixa preta das maiores fontes de poder do mundo o que é um dos feitos mais almejados ao longo da história mundial.
Esse conhecimento, no entanto pode, sim, ser perigoso. A exposição de detalhes estratégicos dos governos beneficiam uns, mas vulnerabilizam outros. Mas Palma, Não priemos cânico! Esse conhecimento é valioso demais pra ficar exposto, dentro em breve acharam novas formas de preservar as informações privilégiadas.
O que fica de lição é a idéia de que a própria internet, tal como está, também está sendo suplantada por ela mesma, que se reinventará, nos levando sempre além das fronteiras que ora imaginamos.
Viva ao livre trânsito da informação e esperemos, boquiabertos, o que há de vir dele...

Em tempo: Eu continuo me fazendo essas perguntas e, quase sempre, me respondo que a internet é uma das maiores invenções da humanidade, junto com a pílula e a máquina de lavar (Dá-lhe Pope!!!)


Amar e mudar as coisas me interessa mais...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Tenho pensado muito em fé. Não na fé que professamos nas igrejas, guiadas por Deuses, direcionada a algo que sequer conhecemos. Falo da Fé na vida, nas coisas e nas pessoas.
Temos, todos nós, Fé em várias coisas: Nos caminhos que traçamos, nas pessoas que amamos, naquilo que somos.
Mas, às vezes a fé nos falta. Em alguma dessas coisas, em parte ou em todas. É quando nos vemos diante das desvirtudes delas. É quando as vemos com outros olhos, é quando questionamos nossos caminhos e escolhas. O que mais importa? Os outros não tem a obrigação de pensar, e agir como nós. Compreender isso pode ser um processo doloroso, mas é necessário, fortalece, ensina...
Eu, particularmente, me nego a perder a fé!
Me nego, pronto!
Cada vez que tropeçar eu levanto mais forte, cada vez que o caminho se estreitar eu o abro com minhas próprias mãos, cada vez que tentarem me ver vulnerável, eu me fortaleço. Mantenho a calma, junto à ela a razão. Tenho um amor profundo pelo mundo, as coisas e pessoas. Faço um esforço profundo pra não destruir tudo que construí ao longo da vida, tento, à duras penas, ver o melhor de tudo.
Talvez esteja aí o segredo da vida, a fé nas coisas tangíveis, construir essa fé de dentro pra fora, superar aquilo que nos fere sem virar a outra face, mas se propondo a ser mais...
...Mais que espectador da vida, mais que a palmatória do mundo, mais do que uma peça de um jogo...
Ser escritor da história que constrói dias plenos, felizes e de paz...

"...Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda eu vou ficar. Só de sacanagem!
Dirão:
“ - Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo o mundo rouba.”
E eu vou dizer:
”- Não importa! Será esse o meu carnaval. Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos. Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.”
Dirão:
" - É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”.
E eu direi:
” - Não admito! Minha esperança é imortal!”
E eu repito, ouviram?
IMORTAL!!!
Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quiser, vai dar pra mudar o final."

Só de sacanagem
Elisa Lucinda

Os versos que te fiz

domingo, 18 de abril de 2010

Bloguinho abandonado voltando a ser cuidado... Segue um texto da Incrível Florbela Espanca

Os versos que te fiz

Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem para te dizer!

São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim para te oferecer

Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!

Mas,meu Amor,eu não tos digo ainda.
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz

Amo-te tanto!E nunca te beijei...
E nesse beijo,Amor,que eu não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz

O passado na era digital

quinta-feira, 4 de março de 2010

Começo de ano, pra professor, é um dilema sem fim...
Trabalhando História com a turma mais populosa e agitada da escola, logo pensei que tinha que arranjar um meio de fazer esse povo gostar do que estava vendo.
A idéia??? Ora, Um blog.
A cada semana eles podem contar um pouco do que viram e dar suas impressões sobre o assunto. Esses blogs são uma forma de compartilharem as opniões,tirarem as dúvidas, inserir ferramentas novas à aprendizagem.
Hoje começamos a rodar os blogs de História da Galera do 1º ano. De formas distintas, cada equipe deu um pouco daquilo que eu esperava, tentar compreender e explicar a história.
Quando pequena, achava terrível como a gente tinha que decorar as coisas pra depois colocar pra fora nas provas.
Pasmem, queridos, eu também já fui estudante, kkk.
Hoje, depois de toda uma construção de conceitos pedagógicos, percebo que a educação vai muito além.
Vivemos a era digital e, inegávelmente, esse mundinho é muito atraente. Meus alunos estão fazendo aquilo que já faziam, navegando na rede. No entanto estamos tentando construir, coletivamente, um novo olhar sobre essa conexão estudo-internet. É essa conexão que, espero, vai garantir um ano bacana, onde a expressão das opniões seja possível e a construção dos saberes, prazerosa.

E que venha a HISTÓRIA!!!

Seguem os links pra quem quiser acompanhar nossa aventura. Seja nos textos descolados, reflexivos, de protesto ou classicos, vocês vão ver um pouco do que estamos fazendo por lá...

http://anteesdeontem.blogspot.com

http://maquiinadomiisterio.blogspot.com

http://osflinstones.blogspot.com

...A onda zen...

terça-feira, 2 de março de 2010





Seu Olhar -Seu Jorge e Meu desenho

Temos rotas a seguir
Podemos ir daqui pro mundo
Mas quero ficar porque
Quero mergulhar mais fundo

Só de me encontrar no seu olhar
Já muda tudo
Posso respirar você
E posso te enxergar no escuro

Tem muito tempo na estrada
Muito tem
E como quem não quer nada
Você vem
Depois da onda pesada
A onda zen
É namorar na almofada
E dormir bem

Foi o seu olhar
O que me encantou
Quero um pouco mais
Desse seu amor...

segunda-feira, 1 de março de 2010

"...há impossibilidade de ser além do que se é - no entanto eu me ultrapasso mesmo sem o delírio, sou mais do que eu, quase normalmente - tenho um corpo e tudo que eu fizer é continuação de meu começo...... a única verdade é que vivo. Sinceramente, eu vivo. Quem sou? Bem, isso já é demais.
(...)
Não entendo.
Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: -quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo."

Clarisse Linspector

Trair???

Universidade Inglesa descobre que homens com maior Q.I traem menos.
Segundo a pesquisa, ao contrário do homem primitivo, onde o número de relações mensurava a probabilidade de reprodução da espécie, pra o homem moderno (e inteligente) o que de fato é relevante é a estabilidade familiar, e a análise do risco que a traição traz no seu bojo acaba se tornando fator desencorajador do ato. Segundo a mesma pesquisa, para as mulheres essa é apenas uma questão de vontade e oportunidade.
Poderia começar minhas considerações acerca da matéria com aquela discussão sexista e enfadonha da superioridade intelectual entre gêneros. Mas aí não seria eu.
Posso citar o fato de Engels já ter relatado a formação da família com base nos estudos de Morgan, onde estabelece o vínculo monogâmico como hábito relegado apenas às mulheres como garantia de segurança da linhagem masculina. Mas aí esbarraríamos no fato da existência do DNA e o fim dessa necessidade.
Há algum tempo atrás, nesse mesmo blog, ressaltei o fato de ser monogâmica convicta. Sou, admito, e reflito seriamente se essa é uma característica positiva ou negativa. Reflito devido ao fato de me deparar cotidianamente com relações superficiais, onde o que vale é quem é mais esperto, pega mais, consegue fazer o mundo ver o que @ companeir@ precisa ignorar. Se for esse o mundo que temos, perde a lógica esse troço, esse palavrão: MONOGAMIA.
É, acho que não sou mais monogâmica convicta.
E agora, o que sou eu, uma vez que a lógica do esconde-esconde não responde aos meus anseios?
Que estranha criatura reside em mim, brigando com o mundo, cheia de desejos e ansiedades, mas que não vai às ruas, não dá a cara a tapa, não se vende ao modelo posto???
Eu sou um ser lendário, desses dos contos dos irmãos Grimm. A última romântica, fazendo par com o personagem do Lulu Santos. Gente, que sendo gente, prefere acreditar em princípios mais antigos, talvez nobres. Não sou monogâmica, porque acredito em algo mais, na força da verdade, da lealdade, na capacidade das pessoas de resolverem, à seu modo, a base das relações que querem estabelecer. Quando digo isso vejo tanta gente gritar um “eu também” porque esse princípio é uno, fortalecido no principio da liberdade e do respeito. Mas quantas vezes queremos ser o que não somos, o que não podemos.
O que dá mais medo: não ir á vida pra não se magoar ou magoar pra não se assumir fora dos moldes do outro???
Vivo, constantemente esse dilema, o texto gigante, a dúvida permanente...
Se escrevo é por que a dúvida já ultrapassa o campo das idéias, o da fala e exige virar palavra escrita, documento, solução do dilema que, certamente, não tem solução...
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Preciso, urgentemente, de um neologismo que defina esse isso tudo e nada disso que hoje eu sou, kkk.
O meu medo? magoar a mim mesma, dentro ou fora dos moldes...

Histórias, fases...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010


Adoro lidar com gente, diferente, dinâmica.
O ato de conViver, de partilhar a vida ou parte dela, é um exercicio incrível.
ADORO falar, falo demais, mas tenho, ao mesmo tempo, uma capacidade razoável de observar o outro, como é, o que pensa, como se comporta. Ao mesmo tempo que sou extremamente crente no ser humano, tenho uma memória muito boa.
Com os post's de ontem, fiz uma viagem no tempo. Voltei às fases. Cada música que gosto marca uma fase dessas que vivi. Sou mesmo capaz de lembrar a música que tocava quando tomava café num botequim no Rio, ou a que dancei na noite anterior. A trilha sonora da novela baseada no livro de Jorge amado, a música que tocaram pra mim numa festa onde era convidada, a colocada na plenária final de um congresso, a que me fez chorar e deixar minhas amigas preocupadas, me procurando...
Minha primeira festa com o namorado, as novidades, e lá está ela, a música.
A paixão pelo coleguinha de infância, a música piegas de fim de ano na formatura do segundo grau, o funk dançado de longo no fim da universidade.
Minha memória é assim, musical.
Acabei passando boa parte do dia de ontem pensando nisso.
Hoje, na escola, lidando com jovens diferentes, de idades distintas, cada um num momento.
Jovens que convivem com dúvidas, sobre sí e sobre os outros, que se apaixonam, ou só se relacionam, sem compromisso, que tem que decidir o que vão ser "pro resto da vida", que já sabem o que querem ou que preferem nem sonhar com essa escolha. Que tem amigos, muitos, há muito tempo, que acabam de chegar e fizeram amizades novas, que ainda não fazem parte de turma, que preferem andar só ou em dupla.
Meninos e meninas que querem saber tudo sobre sexo, que entendem que maior que isso é o amor.
A vida é isso, uma descoberta sem fim, pra eles, para mim, para todos.
Vinicius de Moraes já a classificava como "A arte do encontro", de gente, pensamentos, mundos, onde cruzamos todos os dias com histórias, um pouco nossas, como as nossas, um pouco dos outros também.

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Sobre mim, agora dei pra ter sonhos com trilha sonora (sério!!!). Essa noite tive um e a música ainda toca em meus ouvidos. Segue...


Teus Olhos

Marcelo Camelo & Ivete Sangalo

Teus olhos abrem pra mim
Todos os encantos
Teus olhos abrem pra mim

Teus olhos abrem pra mim
Todos os encantos bons
Tudo que se quer vai lá

Eu vi na Terra
Você chegando Assim
Assim, de um jeito tão sereno

Ai, ai, meu Deus do céu
Eu vivo sem pensar
Se sou só

Acho que não vou mais
Agora tudo tanto faz,
meu bem
Eu vi você passar
Levando meu encanto

Caminho sem saber de mim
Eu vivo sem pensar
Se sou só
ou sou mar

Mas eu conto com você
Pois enquanto eu não me resolver
Eu vou lá, eu vou lá
Pois enquanto eu não me resolver
Eu vou lá, eu vou lá

LUA ADVERSA

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Falei em fases, lembrei de um dos meus poemas favoritos: Lua Adversa, da Cecília Meireles.

Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

Na boca do Povo: Cantando...

Adoro música. De tempos em tempos vou fuçando, vendo umas coisas. Foi assim minha fase Camille, Carla Bruni, Ana Cañas, Chicas e, mais recentemente, Maria Gadu e Roberta Sá. no meio disso tudo achei esse clipe da Roberta com o Chico e de uma música que eu não conhecia.

A música é bacana, trata bem daquela idéia do blog, de falarmos de tudo, arte política, literatura. E sob a ótica de ampliar os palcos de debate desses assuntos. Espero que o blog fique assim, "No palco, na praça, no circo, num banco de jardim: CANTANDO..."

Como estou corrrendo com o fechamento do meu planejamento e a organização das próximas aulas, fica esse vídeo e a promessa de que em breve escrevo um post de verdade, kkk.

Bjins

Um projeto para o Brasil

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010


Bate a nossa porta, mais uma vez, as eleições presidencias. Nesse momento onde o partido dos trabalhadores reafirma o nome de Dilma como Pré-candidata à presidencia, resurge o debate acerca do país que queremos e construimos. O gritante aumento do número de empregos, o enfrentamento da crise de forma magistral, o aumento das universidades federais, o investimento na elaboração de diretrizes para a escola pública, inclusive com a definição do teto mínimo nacional para os professores, tud0 isso além de sinalizar para o avanço do país, apontam a construção de um projeto de nação, coisa da qual não estavamos acostumados.

Esse projeto foi comprado pelo povo brasileito tendo como capitão do barco, o presidente Lula. Chega o momento de reafirmar esse compromisso com o país, ainda que com outro capitão. Nesse caso se "oferece" pra o posto uma capitã, experiente, amadurecida em política, firme, arrojada. Não foi o projeto do Lula que ajudamos a construir. Foi o projeto coletivo, das forças avançadas, dos movimentos sociais, do povo brasileiro. A nova capitã tem competência pra continuar a tocá-lo.

De nossa parte, é necessário ir as ruas, bandeira em punho, enfrentar os ataques daqueles que há oito anos afirmam ter medo, medo de ver o povo assumir as rédeas desse país.
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Agradecimentos: Rê, Déa, Mavi, Uilma e Peca, pelos comentários no Msn e no Orkut. Bonito, já começei a fazer o q pediu. Amo-vos


Terça feira de carnaval

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Salvador-Ba. 16 de fevereiro de 2010. Terça feira de carnaval.
Numa das cidades mais pipocantes do mundo, lá fora , o mundo pega fogo. Aqui dentro, numa casa no meio de uma ladeirinha de Amaralina, quatro amigos conversam, cantam, pensam, amam...
A possibilidade do encontro supera toda a folia que cerca a casinha.
A conversa transita no mundo da arte, da política, do uso incondicional da palavra como objeto de ligação entre culturas, gêneros, mentes.
De repente, ressurge dentro em mim o desejo incontido de escrever, fazer algo, por meus projetos pra rodar, diante do papo bacana e da música doce.
Dentre todos os maus hábitos que cultivo, um dos utilizados de forma mais recorrente é o de deixar meus projetos pela metade. Esse blog é um filho que acalentei durante um tempo, dei alimento, forjei a personalidade e, sem mais nem menos, abandonei por um longo ano. Talvez tenha achado por bem parar de descrever minha vida, na esperança de entendê-la um pouco melhor. Larguei o blog, não escrevi mais no diário, abandonei a agenda.
Se hoje retorno é pela necessidade de por essa cabecinha avoada para funcionar, me exprimir, me mostrar e exibir toda a loucura contida na vida mais comum e mais visceral que conheço.
Esse é só um texto de volta, passional, bobo e, ao mesmo tempo, profundo. Ele fala do prazer de ter amigos, de conviver com eles e de me sentir parte de um mundo onde as palavras nos levam, juntos, a qualquer maravilhoso lugar.
Bem vindos de volta. Espero que todos voltem. Até muito breve!!!