Miltante do PCdoB sobre título de Cidadão Petrolinense: “Profundamente honrado”

sexta-feira, 27 de abril de 2012


A Casa Plínio Amorim vai oferecer neste sábado (28) ao histórico comunista João Gondim (foto) o título de Cidadão Petrolinense. Natural de Salgueiro (PE), João está em Petrolina há 25 anos e aos 64 de idade carrega uma grande bagagem de lutas pela democracia. “Os tempos eram muito difíceis. Lutávamos contra a ditadura que censurava tudo, e por isso o movimento estudantil estava sempre na ilegalidade, o que provocou minha prisão entre os anos de 1972 e 1979″, lembrou.
Para Gondim, a iniciativa da vereadora Cristina Costa (PT) o deixou profundamente honrado. “Me sinto muito honrado em ter um reconhecimento pelos tempos que passei”, disse.
A solenidade vai acontecer às 19h30 na Câmara de Vereadores e deve contar com autoridades políticas, amigos, familiares e comunitários. Na oportunidade haverá o encerramento da exposição fotográfica entitulada “Tortura nunca mais”.



quarta-feira, 18 de abril de 2012



Do lado de cá do rio
Eu naveguei em mistérios 
Misturei os hemisférios 
E onde era quente fez frio, 
Tinha um palhaço arredio 
Fazendo riso sem graça 
Brindando sem copo ou taça 
Bebendo mesmo sem sede 
Pegando peixe sem rede 
Jogando dama na praça 

Do lado de cá na margem 
Vi um olhar diferente 
Desses que invadem a mente 
Como quem dita a imagem 
Do outro lado a paisagem 
Mostrava-se bem tranquila 
Pela calçada perfila 
Sorrisos de seresteiros 
Olhares tão verdadeiros 
Quando à palavra burila!
Maviael Melo

Porque toda razão, toda palavra vale nada quando chega o amor

terça-feira, 10 de abril de 2012



"Então tá combinado, é quase nada

É tudo somente sexo e amizade.

Não tem nenhum engano nem mistério.

É tudo só brincadeira e verdade.

Podemos ver o mundo juntos,

Sermos dois e sermos muitos,
Nos sabermos sós sem estarmos sós.

Abrirmos a cabeça

Para que afinal floresça

O mais que humano em nós.

Então tá tudo dito e é tão bonito

E eu acredito num claro futuro

de música, ternura e aventura

Pro equilibrista em cima do muro.

Mas e se o amor pra nós chegar,
De nós, de algum lugar
Com todo o seu tenebroso esplendor?
Mas e se o amor já está,
se há muito tempo que chegou

E só nos enganou?

Então não fale nada, apague a estrada 

Que seu caminhar já desenhou

Porque toda razão, toda palavra
Vale nada quando chega o amor..."

Não precisa dizer mais nada, né???

Feliz Dia da Poesia

quarta-feira, 14 de março de 2012

Dia da poesia, segue a de Maviael Melo, linda, por sinal!!!
Para maior deleite é só acessar, todo dia o http://maviaelmelo.blogspot.com/



Oração de Poeta 

Cada palavra em meu verso
Seja no ato a poesia
Em cada ação que recria
A frase desse universo
Que seja eterna! Eu vos peço
Como é eterna a canção
Que sopra do coração
A melodia sonora
Amanhecendo a aurora
Noutra sublime oração

E que seja verdadeira
Na opção que seguir
Que possa contribuir
Tal qual a vossa maneira
E sendo pra vida inteira
Seja banhada de encanto
Se espalhando em todo canto
Sem se dizer a verdade
Mas sendo em felicidade
A anestesia do pranto

E em cada dia que passe
Seja sempre renovada
Aprendendo em cada estrada
Sem expor, à toa a face
E se outro verso renasce
Que venha abrindo fronteiras
Feito velhas brincadeiras
Pegando de mão em mão
E construindo a nação
Sem guerrear por bandeiras

Se acaso houver de lutar
Seja a palavra o estandarte
Fincada por toda parte
Buscando pluralizar
Pra logo se unificar
Na trajetória da vida
E com a mão estendida
Cada verso encontra a fala
Silenciando a sala
Na oração proferida.

                                                                                                             

8 de Março: Dia de Luta!!!

quinta-feira, 8 de março de 2012


A história da luta das mulheres e do 8 de Março!

Pedro e Lina

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012


Era desse ouro que precisava para construir a casa de Lina.iria pois procurá-lo estivesse onde estivesse. De tanto pensar acabou amofinado, nervoso, andando a toa,sem saber o que fazer e para onde ir; acabou subindo no serrote, que era para ele um refúgio, onde a serenidade das alturas lhe acalmava o espírito atribulado.E de lá de cima viu o rio, manso, sem pressa, dando-lhe exemplo de moderação. Sol a pino, a água fulgia e refulgia, cintilante. E nos reflexos das ondas Pedro viu um rio de ouro.

Sertão do São Francisco, final do século 19. Nas cercanias de Cabrobó surge uma grande fazenda de gado capitaneada por Jacinto, um daqueles coronéis do sertão, prepotente e rude, dono da Tiririca e, na cabeça dele, do mundo.
Esse é o ponto de Partida pra história que, segundo a visão de Antônio de Santana Padilha, seria a responsável pela formação de Petrolina, ou pelo menos deveria ser.
Por meio de uma narrativa própria, o autor descreve o homem do sertão nas suas mais diferentes faces. Retrata o caboclo valente, a mulher letrada que vem morar com o capitão rude e poderoso, o curandeiro que curava a todos com cuspe, a velha faladeira que ia de terreiro em terreiro, o cangaceiro que virou capataz, a afilhada zelosa, as crianças que brincavam na caatinga e o casal apaixonado e separado pelo poder do pai.
A trajetória do Capitão Jacinto, casado com Dona Idalina, modifica os destinos de tantos outros quando este se vê diante da afilhada da esposa e cede a lascívia em nome daquilo que era uma das suas duas grandes paixões: Gado e mulher.
A partir daí o que se segue é um apanhado de fatos que culmina com a retirada de Pedro, Filho do vaqueiro Norberto com Palmira, a afilhada da Tiririca. Esse, pra conseguir ter de volta o grande amor da sua vida, parte rumo a Minas pra buscar o ouro das Gerais e ter condições de dar a Lina a vida que uma filha do coronel da Tiririca merecia. Tudo segue seu percurso normal até que Pedro chega a pedra grande, em frente a passagem do Juazeiro e se encanta com o lugar. Lá se estabelece, organiza a vila, prospera e volta trazendo a amada. 
Uma típica história com final feliz, que traz no bojo as delícias de ver se formando um novo vilarejo que acaba vindo a ser essa linda cidade de Petrolina.
Sinceramente acho que não posso colocar nesse post meu entusiasmo com o livro.
Comecei a lê-lo sem empolgação, pela incompreensão da narrativa (que retrata ao mesmo tempo os acontecimentos que originaram e o encaminhamento para o desfecho numa espécie de alternância entre o passado e o presente da história) mas persistindo um pouco me encantei e fiquei presa no visgo do livro.
Acho que o que posso dizer de mais significativo é: LEIAM!
O livro está disponível na biblioteca municipal e na do SESC, em várias escolas e com muita gente, sobretudo professores, depois de uma reedição capitaneada pela professora Elisabeth Moreira com o auxílio de Socorro Lacerda, pessoa a quem, aliás, agradeço a delícia dessa leitura. 
Eu também possuo o exemplar acima, portanto, aqueles que desejarem, podemos conversar na perspectiva de que cada vez mais pessoas possam ter acesso a essa obra incrível de um filho da terra brilhante. 
Muito obrigada Antônio de Santana Padilha, esteja onde estiver...