Do lado de cá do rio
Eu naveguei em mistérios
Misturei os hemisférios
E onde era quente fez frio,
Tinha um palhaço arredio
Fazendo riso sem graça
Brindando sem copo ou taça
Bebendo mesmo sem sede
Pegando peixe sem rede
Jogando dama na praça
Do lado de cá na margem
Vi um olhar diferente
Desses que invadem a mente
Como quem dita a imagem
Do outro lado a paisagem
Mostrava-se bem tranquila
Pela calçada perfila
Sorrisos de seresteiros
Olhares tão verdadeiros
Quando à palavra burila!
Maviael Melo
1 comentários:
De um lado do coração
existe o diagnóstico,
do outro, a explicação
de uma lado, o desejo
do outro a resignação
e bem no fundo,
mora o risco, o transe
e lá escancarado,
a sujeição!
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