Mil coisas...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Estava essa semana conversando com o pessoal do trabalho e entre os milhares de temas estavam as mundialmente comentadas mensagens subliminares. Adoro dar uma fuçada na net de tempos em tempos, e como vou viajar e ficar uns diazinhos sem net, resolvir dar uma busca básica.
O que eu procurava???
Ora, palavras jocosamente infiltradas em filmes infantís, propagandas com quintuplo sentido, imagens macabras em rótulos de refrigerante, enfim, coisas absolutamente normais...
Curiosa como sou, resolví entrar na net mais um pouquinho pra dar uma atualizada no meu parco conhecimento no assunto e fiz descobertas incríveis:

1. Paul MacCartney está morto!

É sério, existem mil teorias de conspiração que datam a morte de Paul antes mesmo da de Jonh Lennon. EU NÃO ACREDITO!!! Como é que ninguém me conta que Paul morreu? Maldade isso...

2. São José + Shakespeare = Conde de Saint Germain.

Esse conde é hiper famoso por transmutar vários metais em ouro, pedras normais em preciosas, zanzar o mundo com a mesma idáde durante milênios e ter a posse do elixir da juventude e da famoooosa pedra filosofal. Mas, o mais interessante é que, muito embora se fale de sua imortalidade, ele teria reencarnado como os dois notáveis supracitados além de, é claro que esse~não poderia faltar, o fantástico mago Mérlim.

3. Os M.I.B existem!!!

Ao contrário do que parte de nós, reles mortais, pensamos, nos EUA existem sim, homens de preto que saem apagandop os vestígios da existência de seres extraterrenos em nosso simpático planetinha. existem um sem fim de relatos das criaturas, que, em alguns casos, chegam até a serem vítimas da suspeita de serem, eles também, Et's guardiões da ordem...

4. O 11 de setembro está na nota de U$ 20.

Os americanos, numa engenhosíssima manobra, tinham retratado o 11 de setembro muuuuito tempo antes que este acontecesse nas notas de U$ 20. é sério, eu ví. Ainda por cima, pra completar de vez a profecia, com umas dobradinhas mágicas, pode-se ler, claramente o no de OSAMA na nota.

Nossa, essa é demais!!!
Depois dela vou me embora, sem comentários, né???
E ainda há quem diga que a net não é engraçada, pode???


Sites para consulta
Vocês podem ir direto neles ou jogar no google mesmo, aparecem mil resultados, depois me mandem um emailzinho dizendo o que acharam e se acharam algo mais felomenal (como já dizia o outro)
http://whiplash.net/materias/especial/000101-beatles.html
Conta um pouco da morte do Paul e das mensagens subliminares de Jonh para revelar ao mundo a farsa composta para que The Beatles não morressem.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conde_de_St._Germain
biografia ( se é que se pode chamar assim) breve do conde que, segundo Rosseau, foi o homem mais misterioso que já existiu. Chic de doer, né não?
http://www.protons.com.br/megazine/XYprofecia20dolares.html
Explanação super prática da mágica aparição da profecia do 11 de setembro na nota de U$$ 20. Infelizmente eu não pude confirmar ao vivo. Faltou a nota. Uma pena!
http://www.projetoockham.org/
Esse site é muito bacana, mostra os mitos, como eles surgiram e suas explicações científicas. Recomendo irem em "Pseudociência" o tópico "mensagens subliminaresI, II e III", em "história" o tópico " conversando com os mortos" e em "mistérios" o tópico "M.I.B - Homens de preto".

Meu email:
Vanessac_chaves@ig.com.br

Comida, diversão e arte

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O Sesc Petrolina está realizando o projeto Janeiro tem mais Arte nas suas férias no período de 16 a 31 de janeiro, com programação de teatro, leituras em cenas, dança e oficinas. Com preços bastante acessíveis (entrada gratuita para a mostra de dança e as leituras em cena e R$ 1 para os espetáculos de teatro e dança), o projeto também conta com oficinas de artes ( R$ 10 - comerciários e dependentes com carteira do Sesc e R$ 20 - público em geral).
è uma excelente opção pra quem está de bobeira nas férias e quer fazer algo bem bacana.

Programação:
16.0119h30 - Abertura – Teatro do SescLançamento do DVD Aldeia do Velho Chico 200820h - Mostra Sesc de Dança – Teatro do Sesc
17.0117h - Fabulosas Histórias do Rio – Salão de Eventos (Infantil – Censura Livre)20h - Vire ao Contrário - Teatro (Dança – Censura 16 anos)
18.0117h - Maria Minhoca – Teatro do Sesc (Infantil – Censura Livre)20h – Percurso – Sala de Ginástica (Dança Contemporânea – Censura Livre)
19 a 23.0118h - Oficina de Ballet Clássico - Sala de Dança20h - Oficina De Dança Do Ventre - Sala de Dança
24.01 20h - O Testamento do Seu Lunga – Teatro do Sesc (Comédia – Censura Livre)
25.01 20h O Santo e a Porca – Teatro do Sesc (Comédia – Censura Livre)
26 a 30.0118h - Oficina de Frevo e Maracatu – Sala de Dança19h - Oficina de Percussão – Sala de Música20h - Oficina de Dança De Salão – Sala de Dança
28.0120h - Projeto Dramaturgia – Teatro do SescLeitura em cena: O Céu Cinco Minutos Antes da Tempestade
29.0120h - Projeto Dramaturgia - Teatro do SescLeitura em cena: Quem quiser que conte outra
30.01 20h - Projeto Dramaturgia – Teatro do SescLeitura em cena: A Entrevista
31.0117h - João e Maria (Infantil – Censura Livre)20h – Esbórnia (Dança – Censura 16 anos)

E a mulher criou o pecado...

sábado, 10 de janeiro de 2009

Bom, digam o que disserem, não posso negar: Eu ADORO TV. Também adoro livros, cinema, boas conversas regadas a bons vinhos, nascer e pôr-do-sol e beijo na boca, no entanto, a danada da televisão acaba sempre ocupando um bom espaço dentre os meios de acesso a informação que utilizo. E um detalhe importante: eu assisto à TUDO, o que inclui, obviamente, novelas.

Acompanhando a onda global do momento, assisto desde o princípio a novela das 21h (com exceção as sextas e sábados, que são dias muito complicados...). A principio estive absorta pela trama central, tentando descobrir o diferencial desta para a infinidade de outras que vemos ou revemos através da remodelagem dos enredos das anteriores, porém, paulatinamente fui sendo direcionada a um triângulo amoroso um tanto o quanto despropositado. No inicio da trama a fictícia cidade de Triunfo desfrutava de uma primeira-dama irrepreensível, apaixonadíssima pelo marido e que nutria um certo desconforto com relação ao melhor amigo deste. Pouco tempo depois descobre-se que o motivo do desconforto seria a atração sentida por ela com relação ao amigo do marido, o que seria altamente compreensível, uma vez que se trata de Malvino Salvador, porém, devo confessar que eu, criatura monogâmica convicta, achei um absurdo, grotesco, e esperei ansiosa pelo desfecho da história. Acompanhando até ontem, quando se desenhou o resultado desta odisséia, eis que me surge o saldo da equação:

Prefeito+primeira-dama + melhor amigo = Prefeito feliz em outro triângulo+ amigo feliz no casamento perfeito - primeira-dama morta.

Ora senhores, paremos um pouco.

Essa não é uma discussão novelística, fictícia, trivial. ESSA É UMA DISCUSSÃO ÉTICA!!!

Todos os setores da sociedade são pautados por padrões éticos. São essas norminhas, que não se mantém escritas em nenhum "livro de ouro da ética" que nos tornam aptos à conviver. É o respeito ao espaço e às verdades de cada um que faz com que possamos viver nessa selva sem que, para isso, nos devoremos.

Nosso primeiro embate ético, na questão, aparece quando avaliamos a ética amorosa e das relações. Ora, as relações podem seguir os mais diversificados padrões, contando com um ou mais membros, no entanto, é necessário se observar alguns pontos importantes como a lealdade aos padrões estabelecidos entre membros. Se eu namoro e defino regras abertas para esse relacionamento, elas devem ser seguidas por ambos, a menos que haja um mútuo consentimento para que assim não o seja. O mesmo vale para as regras e relações de amizade. A lealdade difere do sentido de fidelidade, uma vez que a lealdade estabelece como princípio o uso da verdade e a fidelidade o fato de não trair-se ninguém. E, convenhamos, o conceito de traição é algo maleável, geralmente negociado dentro da ética embutida em cada relação.

Ao partirmos daqui, percebemos que as traições são vias de mão dupla. O personagem traído na história foi DUPLAMENTE traído. Ele tinha duas relações distintas cujos códigos éticos foram quebrados. De quem é a culpa? Da vida, do destino ou dos outro dois personagens? Cada um pode escolher, porém atribuí-la a somente um deles (a esposa) é, no mínimo, um equívoco inominável.

O segundo questionamento vem na ação após o acesso à verdade. Eu concordo plenamente que traição é algo de trato difícil e é exatamente por isso que exige bom senso.

Pré-argumentando, cabe-me lembrar que depois da passagem de alguns períodos históricos como a licenciosa era feudal, por exemplo, a violência, assuma a forma que for, é criminosa. A capacidade de agir racionalmente é o que nos difere, homens e mulheres, dos hominídeos que povoavam a terra nos tempos pré-históricos, onde reinava a barbárie. Sendo esses argumentos insuficientes, relembro o fato de legítima defesa da honra ser uma prerrogativa legal superada, felizmente, nesse país. O conceito de honra em relações onde as mulheres precisam manter-se monogâmicas e a sociedade exige do homem a virilidade que extrapole as paredes da casa e as convenções do matrimônio por ela mesmo inventadas é, no mínimo, algo a ser minuciosamente avaliado, impossibilitando, portanto, seu uso como subterfúgio constitucional. Contando ainda que se tenham apresentados motivos insuficientes, numa sociedade que sonham em ser moderna, dinâmica, a idéia do renivelamento dos sexos no protagonismo da mesma é imprescindível. O uso da mulher, derivado do advento da propriedade privada, como mero instrumento reprodutivo e, portanto, parte do patrimônio masculino, já foi superado historicamente.

Diante de toda essa argumentação me respondam: O que justifica a maior emissora do país colocar ao ar uma cena de VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER, em praça pública e o fazer como se fosse uma espécie de justiça, mesmo tendo veiculado (em termos) um caso de tal violência com outros personagens que indignou o país. Onde está a coerência???

Por último, queria lembrar que preconceito não é algo novo. Desde a bíblia Eva é a responsável pelo pecado. No entanto anos de história esqueceram de contar que Adão também comeu a maçã, e Eva não tinha forças para coagi-lo a tal. Toda ação gera reação, é fato, no entanto conseguimos assistir, passivamente, a invenção do estupro masculino, onde a mulher, ardilosa como sempre, violentou o pobre homem indefeso.

Caríssimos, a primeira-dama morreu, foi punida exemplarmente, morte às bruxas, cinquenta chibatadas no lombo e fogueira à elas. Espancamento, violência psicológica, privação do acesso aos bens comuns da união, tentativa de estupro e o final conciliador dos homens foram suficientes para que o autor expurgasse o pecado, nada original, de ser a responsável pela "ruína da vida dos homens". No entanto o amigo está vivo, feliz, novamente às boas com o prefeito, agressor impune, que, agora, engata uma nova relação à três. Serão todos felizes ao fim da trama, talvez a primeira filha do amigo leve o nome da primeira-dama e o prefeito vire o padrinho. E nós, telespectadores, saímos desta mais imbuídos do sentido arcaico de que o homem tem que ser o centro do universo e que, como o amigo, pode ser perdoado por todos, afinal, cumpriu sua obrigação social ao ser desleal com o outro, e, portanto, não lhe cabe ônus nem ajuste de saldo devedor na questão.


No entanto, a estória termina, mas, em minha cabeça ainda há uma voz ecoando, acompanhada da ressaca moral de toda uma sociedade conivente com esses absurdos, que me repete todos os dias: "Não se esqueça, a culpa é da mulher, afinal, foi ela quem inventou o pecado..."

Para Viver Um Grande Amor

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Bem, e o poema do Vinícius???
O poema serve a outro propósito, o de recriar o novo. o poema é um desejo universal: VIVER UM GRANDE AMOR!
Só que até nisso é diferente. O amor que ele propõe não é aquele clássico, novelístico, quase inatingível. É o amor cotidiano, com beijos na chuva, passeios em dias de sol, dormir de conchinha, tocar os pés nos do outro, sorrir da cara amassada, fingir que a comida salgada está ótima, enfim, amar simplesmente, já que a verdade é que é no simples que reside a felicidade...


Para Viver Um Grande Amor
Vinicius de Moraes

Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.
Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.
Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.
Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.
Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.
Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.
Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.
É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...
Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?
Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.
É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.
Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.

Texto extraído do livro "Para Viver Um Grande Amor", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1984, pág. 130.

Medo do medo que dá...

Estou a dias sem postar aqui no blog por um único motivo: Todo mundo espera um post de fim de ano, daqueles com balanços, com a exaltação ao valor da amizade e daqueles a quem amamos, com milhares de promessas, enfim, um post típico de virada. Não que eu não achasse que estes não merecessem, claro que sim, mas, tinha mais alguma coisa...
Devo confessar que Quase sucumbo à tentação de fazê-lo, assim, clássico, conforme o esperado, no entanto fui deixando, molemente, os dias se passarem, devo issso em grande parte a algo que relutava em mim em fazê-lo.
Como todo e qualquer cristão (ou não), iniciei o ano em busca de mudanças, tive um clic mágico que me revelou um monte de coisas que não queria mais levar para 2009. Fui formulando as mudanças e colocando-as em prática, sem lentidão nem pressa, passo a passo.
Ontem à noite olhei para a porta do meu quarto (que costumo fazer como mural e ví uma série de coisas que não tinham, absolutamente, nada a ver com todo esse rebuliço.Começei a mudá-la, tirei tudo e me dei ao luxo de colocar apenas duas coisas: Coloquei um poema de Vinícius de moraes que encontrei jogado entre meus guardados enquanto procurava uma folha de papel pra escrever, meio como título, meio como oração, uma música, uma que amo, que fala justamente do medo que temos em fazer quase tudo, música que me acompanhou durante o ano quase que todo e que ontem me disse a frase que faltava pra consolidar as mudanças que me proponho.
Portanto , apara aqueles que queriam um post de fim de ano, dou um de início. Um que não se atem a fazer planos, a desejos pequenos. um que supera os limites, trascende, vai além. Pleno, em movimento, livre do que me prende, do que me paraliza (mais uma do Lenine). Ano novo de fato novo (Drummond). Com sonhos realizáveis pela força da ação de todos nós.
"O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar"
Lenine