Ela era uma menina, não ela não era mais menina,mas se sentia menina ante a tudo e a todos que via.
Revia o tempo onde a menina vivia
Hoje ser menina era charme,
e isso ela achava que não mais conhecia
Reviu o tempo, as gentes, o primeiro beijo.
Mas era apenas a mulher quem revia,
A menina não mais vivia.
De repente ela se viu sozinha, sentiu-se abandonada.
Tinha medo do escuro e da noite fria.
E eis quem surge: A menina renascia.
Os medos, as dúvidas, toda a fantasia
Quedou-se em prantos na sala vazia
Não de gente, mas de gente da gente.
Estava perdida e a menina ressurgia
Vinha buscá-la, a ajudaria.
A noite passou e ela sabia que de mãos dadas com a menina pra casa ela voltaria
Essa mulher não se esquece de nada,
Essa menina não tem medo de nada.
No fim quem é mais forte?
A menina caminha na corda bamba, a mulher tem sempre os pés no chão
Quisera poder ser a menina sempre que der
E ser a mulher sempre que tiver razão
Quando a mulher diz: – Ser feliz não é pra mim...
A menina retruca e, num salto, grita: - Ué, por que não???
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