Relíquias sentimentais

quinta-feira, 6 de outubro de 2011


Por um motivo qualquer dei pra repensar o mundo agora. Logo eu, ser extremamente falho...
Deve ser o tal do inferno astral. Eu não sou desse povo viciado em astrologia que se chova ou faça sol a culpa vai ser do signo. Também não ignoro tudo. Tenho uma vastidão de amigas todas do mesmo signo, completamente diferentes na intensidade, mas com algo sempre em comum.
No entanto isso de inferno astral me pega, é impressionante. É uma montanha russa. Vou do mais radiante bom humor a mais profunda melancolia em fração de segundos. E a tal hipersensibilidade? Um caos...
Mas voltando ao centro da questão, nesse período imediatamente anterior ao meu aniversário fico pensativa. Reavalio o ano, toda a minha vida e aguço minha observação das coisas a minha volta. Parte disso, e otras cositas más, me fizeram escrever o último post e me dar um desejo imenso de escrever esse.
Essa semana eu recebi meu primeiro presente desse aniversário, essa caixinha aí em cima.
Quem me conhece bem sabe que eu me afeiçoo pelas coisas. Um monte de gente vai dizer, que louca, se prende ao material, mas não é isso, absolutamente. 
Eu sou extremamente carente de gente e de afeto (Admito!). Cada momento bom me dá automaticamente o desejo de prendê-lo pra que sempre que eu precise eu vá lá e cate de volta pra aquecer um pouco o coração. Assim sendo vinculo tudo a música, como já disse, mas tenho a necessidade da materialidade das coisas. Tenho no meu quarto um acervo de pequenas relíquias inestimável. O primeiro bilhete do cinema, da primeira viagem sem meus pais, os cartões postais, o poema num guardanapo, o desenho da família que fiz na EMBRAPA e no IBGE, a primeira agenda, a letra da música preferida do primeiro paquera, o primeiro crachá de congresso, tudo!
Lembro até hoje do primeiro presente de aniversário ao qual eu me apeguei. Lembro que tinha 4 anos (é, eu lembro) e ganhei um bambolê, que passei dias só brincando com ele. No entanto o que guardei desse aniversário foi a velinha que mantinha guardada até 2 anos atrás. Aquele aniversário minha madrinha fez meu bolo e como eu sempre quis saber tudo, ela me disse que era de outra criança. Fiquei tão feliz quando vi que era pra mim. Como viemos embora, aquela velinha era uma parte dela comigo.
Todos os presentes que mais me senti bem em dar foram aqueles que eu mesma fiz. O valor financeiro é quase nenhum mas me fizeram mais plena. Junto a cada pincelada, costura, cola ou traço ia um pouco de cada lembrança doce que eu tinha com aquela pessoa. 
Quantas vezes a gente fica pensando no que queria ter, em quanto de dinheiro precisa gastar, tudo bobagem. 
Uilma, a amiga que me deu a caixinha (Muito obrigada, mais uma vez), costuma dizer que nós não temos dinheiro mas que, ao nosso modo somos muito felizes. Como quase sempre, ela está certa. Ontem estava com Aninha em casa e fomos ver as aberturas dos desenhos animados que eu assistia. Só a graça da descoberta de que eu assistia aos Smurfs "dela" quando eu era pequena já valeram a pena. 
É assim, cada segundo, pequeno gesto, palavra, carinho que realmente fazem a vida valer a pena.
Quanto a caixinha, que já faz parte das minhas relíquias sentimentais, decidi que esse ano ela vai servir como um baú das minhas relíquias. Cada momento bom desse ano vai pra caixinha, seja como um pedaço de papel, uma flor seca, ou um verso de amor.
Espero, sinceramente, que ela seja pequena. Tenho muito a melhorar em mim nesse caminho entre os 28 e os 29 mas tudo o que eu tenho de bom já tem seu lugar cativo na caixinha e em mim. Só espero que os bons momentos sejam tantos que eu precise de mais umas 3 caixinhas dessas pra juntar, que todos os que eu amo estejam sempre comigo e que cada dia eu consiga com que todos saibam o quanto eu sou grata por me encherem dessas relíquias, pedacinhos de amor que eu guardo como parte do que me faz feliz.

Amo-vos!!!
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PS: Por favor perdoem esse momento super meloso, juro que depois do dia 17 eu volto ao normal, que não é tão diferente assim, mas é bem menos clichê e que poupa vocês da overdose se açúcar que eu venho pondo nos posts. Perdoem...

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